quarta-feira, 28 de setembro de 2011

iluminado ou vibrante

Olhando bem, não há nada de especial em ti, nem em mim. Não há nada de especial em nós 2, nem há sóis por aqui ou aí.

Não há nada de belo em esperar, em buscar, encontrar. Não há beleza nos movimentos lentos, nas piscadas pesadas, no passo arrastado. Não há nada de enigmático nas palavras, nos olhares, nos sonhos. Nada.

Não tem nada de fantástico e excepcional para acontecer, nada de delirante e inédito, nada fixo, iluminado ou vibrante.

Não há sensação compartilhada ou solidão, não há presença nem ausência, nem memória. Não há. vê? não há.

Existir.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

orgulho, amor e não

Não vou mais falar de amor. Não acredito, não sinto, não pratico. o que é esse amor que falamos? o que é, desejo? o que é, ilusão? o que é, vaidade? o que é, solidão? o que é, sensação?

que história é essa de compartilhar alguma coisa subjetiva ao ponto de ser individual e incompreendida? não existe isso, não existe amor. então que ausencia a psicanálise vai dizer que é? que pranto maior a sociologia vai me mostrar ou que objetivos reais a vida diária vai se impôr?

Que angústia é essa que de vez em quando vem, tem sempre o nome de alguém e insiste em ficar? ai amor, me deixa em paz que és alguma vontade de sofrimento, algum desejo de negação, alguma história esquecida que, cíclica, precisa se renovar com novos nomes.

o bem e o mal são esferas superadas, talvez a culpa e a excessiva liberdade também, agora, adulta, supera o amor também, supera o orgulho, o não. supera a solidão.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

justifica-te, vida, ou te devoro

É uma difícil vista para os meios e os fins, onde os fins, que cremos ser o que é necessário para o futuro e continuidade confortáveis, parece exigir meios tão desnobres, cansativos e distantes de nossa própria natureza. Por que temos que mudar tanto? Por que não podemos simplesmente aceitar? Sou eu que exijo tudo isso? Sou eu que começo o movimento da mudança? É comigo que isso começa? Se sim, parece que o comum, o controlável precisa sempre mudar e na verdade essa mudança tem tudo haver com repetição, com as regras diárias, com os horários, a disciplina, a calma, a organização. Caímos na doutrina do simples planejamento que nos alivia da dúvida diária, da indiferença em relação ao relógio, do inferno que é não sbaer por onde começar se já acordou-se no meio.